O Palmeiras está diretamente envolvido no movimento de grandes jogadores do futebol brasileiro contra o uso de grama sintética. O clube paulista já rebateu oficialmente o manifesto publicado recentemente pelos atletas e, nesta quarta-feira (12), a presidente Leila Pereira se manifestou sobre o caso e criou polêmica.
Durante o mês de fevereiro, uma lista de grandes jogadores do futebol nacional criaram o movimento “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético”. O protesto foi encabeçado por nomes como Neymar, Gabigol, Thiago Silva, Bruno Henrique, Philippe Coutinho, Lucas e Alan Patrick. O Palmeiras respondeu a publicação com uma nota oficial.
Presidente do Palmeiras cria polêmica em entrevista
Nesta quarta-feira (12), em entrevista ao canal SporTV, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se manifestou sobre o tema. A dirigente esteve presente no Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao lado de representantes dos outros 19 clubes da Série A. Durante a reunião, Jorge Pagura, chefe da comissão médica da entidade, fez a apresentação de um estudo sobre a polêmica gramado natural x sintético.

“Foi falado sobre o gramado sintético, o Dr. Pagura fez uma bela apresentação, um estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se fica ou sai ou ou gramado sintético”, afirmou.
Em seguida, Leila Pereira direcionou críticas aos jogadores de outras equipes que se manifestaram contrários ao uso do sintético. Ele chegou a sugerir que atletas que retornaram recentemente do futebol europeu optem, então, por continuar no Velho Continente.
“Então, a gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o o natural e sim a qualidade dos gramados. E normalmente os atletas que reclamam são atletas mais velhos, que eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles, então que eles acham que isso pode encurtar a vida útil deles como atleta, mas normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol, ao invés de ficar reclamando do gramado. Levando em conta que no Brasil, a realidade é outra. Se os gramados europeus são tão bons, ótimo. Fiquem lá, não venham para cá”, acrescentou.