O jogo entre Palmeiras e San Lorenzo, disputado na noite da última quinta-feira (6), pela Libertadores Sub-20, acabou marcado por uma grande polêmica. O atacante Luighi, promessa das categorias de base do Verdão, foi alvo de ofensas racistas.
Na saída do campo, o jovem foi vítima de gestos racistas e também atingido por uma cusparada. Além disso, um torcedor foi flagrado imitando um macaco na direção de Figueiredo. Entrevista pela Conmebol TV, Luighi sequer foi questionado sobre o tema e, aos prantos, desabafou.
“Não, não, não! É sério isso? Não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo… é sério? Até quando a gente vai passar por isso? Até quando? Me fala até quando a gente vai passar por isso. O que fizeram comigo foi um crime. Você (entrevistador) não vai perguntar isso? Você vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF? Não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? Você não ia perguntar. O que fizeram foi um crime. A gente é formação, estamos aprendendo”, comentou.

Palmeiras quer exclusão de adversário
Já nesta sexta-feira (7), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se pronunciou sobre os ataques racistas sofridos pelos jogadores e afirmou que pedirá a exclusão do Cerro Porteño do torneio. A dirigente ainda criticou o árbitro da partida, que não paralisou o jogo no momento em que a agressão ocorreu.
“Ele não cumpriu com uma determinação da Fifa (…) Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição. Porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas, nossos torcedores”, afirmou.
Leila não especificou se a tentativa do Palmeiras será apenas excluir o clube paraguaio da Libertadores Sub-20 ou, então, de todas as competições da Conmebol. Nos bastidores, o Verdão tentou contato com a Conmebol, mas ainda não obteve retorno.
“Eu tentei falar com o presidente da Conmebol e não consegui. A Conmebol está sendo muito displicente em relação a esses fatos”, disse a dirigente.
Esta não é a primeira vez que os dois clubes se envolvem em polêmicas. Em 2022, torcedores do Cerro Porteño imitaram macacos na direção de palmeirenses. Já em 2023, atletas foram chamados de macaco e Bruno Tabata, por revidar as agressões, acabou suspenso por quatro meses.