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Favorecido? Por que o Flamengo sofre e o PSG entra direto na final da Intercontinental

Torneio anual da FIFA voltou com fases novas e um detalhe que muda tudo no caminho ao troféu.

O Flamengo está no centro de uma discussão que se repete todo mês de dezembro: afinal, por que o campeão europeu entra “sentado” na final, enquanto o campeão da América do Sul precisa subir degrau por degrau? O torneio anual de clubes da FIFA mudou de nome, de formato e de rota até a taça. Agora se chama FIFA Intercontinental Cup, reúne os campeões das seis confederações, mas não coloca todo mundo na mesma linha de largada.

Na prática, a competição virou uma espécie de escada curta e direta até o encontro com o campeão da UEFA. Em 2025, o Flamengo estreou com vitória por 2×1 sobre o Cruz Azul, no Catar, e ergueu o troféu do Derby das Américas, jogo que coloca frente a frente os campeões da CONMEBOL e da CONCACAF. O próximo passo é encarar o Pyramids, do Egito, campeão da África. Só depois, se passar por essa fase intermediária, o Rubro‑Negro ganha o direito de enfrentar o PSG na decisão.

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Favorecido? Por que o Flamengo sofre e o PSG entra direto na final da Intercontinental
Favorecido? Por que o Flamengo sofre e o PSG entra direto na final da Intercontinental

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A FIFA vende a Intercontinental como uma “vitrine anual de campeões”, um torneio compacto que encaixa no calendário cada vez mais apertado. No texto oficial do Inside FIFA, a entidade diz que o formato “offers the champions of all six continental confederations the chance to compete on the world stage”, ou seja, oferece aos campeões de todas as seis confederações a chance de competir em palco mundial. Em vez de um Mundial longo, com fases de grupos, a proposta é um evento enxuto, com poucos jogos, mas alto impacto de audiência.

Para fazer isso caber no calendário, a FIFA criou um bloco regional antes de dezembro. O caminho começa com um play‑off envolvendo campeões de África, Ásia e Oceania, geralmente disputado no país de um dos participantes, justamente para levar ao torcedor local um jogo carimbado com o selo FIFA. Quem sobrevive a esse mata‑mata cruza o caminho do campeão asiático em jogo único, e só então viaja ao Catar para a fase derradeira. É dali que sai o adversário do campeão das Américas na chamada Challenger Cup.

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Flamengo e o funil até o campeão europeu
Depois disso, o mapa fica simples de entender, mas não menos polêmico. De um lado, o vencedor do play‑off África–Ásia–Pacífico enfrenta o campeão da Ásia. De outro, o campeão da CONMEBOL pega o campeão da CONCACAF, como aconteceu com Flamengo x Cruz Azul. Os dois sobreviventes desses caminhos se encontram na Challenger Cup, também em jogo único, que funciona como uma semifinal ampliada. Quem vencer esse duelo, aí sim, ganha o direito de enfrentar o campeão europeu na final da Intercontinental.

É exatamente aqui que nasce a sensação de “atalho europeu”. No regulamento prático, a UEFA entra direto na decisão, enquanto os demais campeões precisam escalar degraus anteriores. Em 2024, por exemplo, Pachuca e Al Ahly passaram pelo Challenger Cup para, só então, encarar o Real Madrid na final do torneio, repetindo a lógica de que o campeão da Champions aguarda o desafiador. Em 2025, o script é o mesmo, com o PSG sentado na final à espera do vencedor da rota liderada por Flamengo e Pyramids.

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A FIFA não usa a palavra “privilégio” nos textos oficiais, mas o desenho deixa clara a intenção. O formato reduz datas em um calendário lotado, evita viagens extras para o campeão europeu e, ao mesmo tempo, garante uma final com o vencedor da Champions, produto mais global do futebol de clubes. Na prática, é uma evolução do antigo Mundial de Clubes: antes, o europeu já entrava em uma semifinal única; agora, ele aparece direto no jogo que define o campeão. Menos risco de tropeço, mais garantia de final “pesada” para TV e patrocinadores.

Do lado rubro‑negro, o discurso oficial é de respeito ao formato, mas a leitura de bastidor é clara: o caminho do Flamengo é mais longo e mais perigoso. Ainda assim, o clube abraça o desafio embalado por uma temporada histórica. Sob o comando de Filipe Luís, o time empilhou taças em 2025, com títulos como Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, e agora tenta fechar o ano com a Intercontinental. O PSG já está lá, sentado na final. Cabe ao Flamengo, passo a passo nessa escada nova da FIFA, tentar chegar até ele.

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