O Flamengo abriu a temporada de 2025 conquistando título. Na tarde do último domingo (2), o Mengão venceu o Botafogo pelo placar de 3 a 1, no Estádio Mangueirão, em Belém, no Pará, para levantar a taça da Supercopa Rei, que colocou frente à frente os atuais vencedores da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Em uma tarde chuvosa em Belém, com direito a uma longa paralisação na final, o grande personagem foi Bruno Henrique, que balançou as redes duas vezes no primeiro tempo. Na segunda etapa, Luiz Araújo ainda aumentou para o Rubro-Negro, enquanto Patrick de Paula descontou para o Botafogo.
A saída de Alcaraz do Flamengo
Logo depois da grande final, o técnico Filipe Luís concedeu entrevista coletiva e foi questionado sobre a mais recente saída do elenco do Mais Querido. Na sexta-feira (31), o Flamengo aceitou uma proposta do Everton, da Inglaterra, por Carlos Alcaraz.
O meio-campista, que chegou ao Clube no ano passado, foi negociado por empréstimo com a equipe inglesa. O acordo conta com um cláusula de compra obrigatória mediante o cumprimento de metas. O valor está na casa dos 20 milhões de dólares, preço que o Fla pagou pelo jogador.
“Eu fui muito sincero com ele e falei: ‘Nesse momento, você está atrás do que estão na sua posição. Você pode disputar posição com o Arrascaeta, mas tem o Gerson que joga ali. Você pode disputar posição de volante, mas tem quatro volantes. Você está atrás de todos eles’. Ele falou ‘Ok, eu aceito isso, vou brigar pelo meu lugar no time’. Falei o que achava que ele precisava melhorar, foi uma conversa muito sincera”, contou Filipe Luís.
Na sequência, o treinador se mostrou frustrado pelo desempenho do gringo sob seu comando no Clube.
“Ele jogou bem, fez o gol. E, no outro dia, ele decidiu sair. Eu fico triste, porque sinto que é um fracasso meu o Alcaraz ter saído, não ter dado certo na minha mão. Mas é verdade que pelo investimento que foi feito, era uma preocupação que eu tinha”, acrescentou.
Ainda de acordo com Filipe Luís, os jogadores ganham ou, então, perdem espaço no Flamengo por conta de seu rendimento dentro das quatro linhas.
“Eu olho o momento. Se o jogador não fala no campo, não dá. Tem que mostrar ele está no nível para jogar. Como mostrou Michael que também estava no banco, o Evertton Araújo que era o quarto volante. O jogador fala no campo e eu vou adaptando o time em função das características dos jogadores que eu tenho. A filosofia não muda”, completou o técnico.