Corinthians é dono de 50% dos direitos econômicos de Yuri Alberto, mas não ficará com metade do valor em uma eventual transferência. Isso porque, quando trouxe o atacante do Zenit em 2023, ainda na gestão Duílio Monteiro Alves, o clube aceitou uma cláusula que garante ao empresário André Cury prioridade na venda e direito a 10% da parte corintiana.
Na prática, isso significa que, em uma negociação de R$ 10 milhões, o Zenit embolsaria R$ 5 milhões, o Corinthians ficaria com R$ 4,5 milhões e Cury levaria R$ 500 mil. O acordo foi firmado como condição para que o jogador assinasse com o Timão, e não configura TPO (Third Party Ownership), prática proibida pela FIFA, já que o empresário não possui participação nos direitos econômicos do atleta.
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Cláusula com empresário limita lucro do Corinthians em venda de Yuri Alberto
Segundo reportagem do , o contrato prevê que qualquer proposta recebida pelo Corinthians deve incluir a comissão de André Cury, mesmo que outro agente conduza a negociação. Em alguns casos, o empresário pode abrir mão do percentual, como cogitou na sondagem da Roma, mas o clube optou por manter o jogador.
O vínculo com Cury foi uma exigência para viabilizar a transferência do Zenit para o Corinthians. O ex-presidente Duílio Monteiro Alves comentou sobre o modelo: “99% dos jogadores de um nível médio para cima têm isso. É só perguntar nos clubes. Essa é uma exigência dos atletas e dos empresários para se fecharem com os clubes”, afirmou Duílio em entrevista ao .
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Yuri Alberto tem contrato com o Timão até junho de 2030 e é considerado um dos principais ativos do elenco. Recentemente, o clube recusou uma proposta de 30 milhões de euros da Roma, justamente por não poder contratar outro atacante devido ao transfer ban imposto pela FIFA.
O atacante soma 64 gols em 166 partidas pelo SCCP e é o maior artilheiro sub-23 do mundo em ligas nacionais. A cláusula com Cury, embora comum no mercado, levanta discussões sobre o impacto de acordos paralelos na saúde financeira dos clubes brasileiros.
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