Ángel Romero se pronunciou após clássico entre Palmeiras e Corinthians, válido pela terceira rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, terminou com vitória do Verdão por 2 a 0 na Arena Barueri.
No entanto, o resultado em campo foi ofuscado por um episódio lamentável de insultos homofóbicos e xenofóbicos direcionados ao atacante Ángel Romero, do Corinthians, durante o aquecimento dos jogadores no gramado.A situação gerou repercussão e levou o atleta a se pronunciar sobre o ocorrido.
Ángel Romero sofre caso de xenofobia
Romero, alvo dos cânticos ofensivos vindos de parte da torcida palmeirense, não se calou diante da situação que ocorreu, na Arena Barueri. Após a partida, o jogador expressou sua indignação e cobrou uma postura mais firme das autoridades e da organização do futebol brasileiro.
“Bom, essa pergunta deveria ser feita para a presidente do Palmeiras, ela está preocupada com isso. Está claro tudo o que aconteceu hoje. Mas não vai acontecer nada, porque a gente sabe de onde vem, da torcida de quem vem. Mas se fosse na Neo Química Arena, a gente sabe o que iria acontecer. Sempre a mesma coisa,” declarou Romero, evidenciando sua frustração com a recorrência de episódios como esse.
O caso de xenofobia no clássico entre Palmeiras x Corinthians
Os insultos ocorreram enquanto os jogadores do Corinthians realizavam o aquecimento no gramado. Parte da torcida do Palmeiras entoou cânticos homofóbicos, chamando Romero de “viado”, em um ato que reforça a necessidade de medidas mais severas contra manifestações discriminatórias nos estádios. O episódio foi reportado pelo jornalista Luis Fabiani, que trouxe à tona a gravidade da situação.
A fala de Romero também destacou a diferença de tratamento que, segundo ele, ocorre em situações semelhantes dependendo do local e da torcida envolvida. O atacante sugeriu que, caso o episódio tivesse ocorrido na Neo Química Arena, casa do Corinthians, as consequências seriam mais rigorosas. Sua declaração reflete uma crítica à falta de uniformidade nas punições e à necessidade de maior equidade no combate a atos discriminatória no futebol.
O episódio reacende o debate sobre a responsabilidade dos clubes e das entidades organizadoras em coibir comportamentos preconceituosos nas arquibancadas. A homofobia e a xenofobia são problemas persistentes no futebol brasileiro, e casos como o de Romero reforçam a urgência de ações efetivas para erradicar essas práticas. Campanhas de conscientização, punições severas e a promoção de um ambiente inclusivo são passos fundamentais para transformar os estádios em espaços de respeito e diversidade.
Enquanto isso, o Corinthians manifestou apoio ao jogador e reiterou seu compromisso com a luta contra qualquer forma de discriminação. A postura do clube é um exemplo de como as instituições esportivas podem e devem se posicionar diante de episódios como esse, oferecendo suporte aos atletas e exigindo medidas concretas para prevenir novas ocorrências.
O clássico entre Palmeiras e Corinthians, que deveria ser lembrado apenas pelo espetáculo esportivo, foi marcado por um episódio que expõe as fragilidades do futebol brasileiro no enfrentamento de questões sociais. A fala de Romero é um chamado à reflexão e à ação, para que o esporte seja, de fato, um espaço de união e respeito. A luta contra a discriminação nos estádios é uma responsabilidade coletiva, e cabe a todos os envolvidos no futebol trabalhar para que episódios como esse não se repitam.
