A Copa Libertadores da América Sub-20 de 2025 foi marcada por um episódio lamentável envolvendo uma joia da base do Palmeiras. O atacante Luighi foi vítima de racismo durante partida do Verdão contra o Cerro Porteño, do Paraguai.
Diante do fato, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aplicou uma multa de 50 mil dólares (R$ 290 mil) ao clube paraguaio, além de jogos com portões fechados e medidas educativas em campanha nas redes sociais. A punição não agradou ao Palmeiras e, como forma de protesto, a presidente Leila Pereira não compareceu ao sorteio dos grupos da Libertadores, na noite de segunda-feira (17).
Presidente da Conmebol se manifesta após racismo contra atacante do Palmeiras
Antes do início do sorteio, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, discursou sobre os casos recentes de racismo. O dirigente afirmou estar sensível ao caso do atacante do Palmeiras, e afirmou que a entidade está empenhada em tentar mudar a realidade.
“Não posso seguir sem falar de racismo, um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria também de abordar uma questão que nos desafia como organização. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, mas na sociedade. Mas, afeta o futebol. A Conmebol é sensível a essa realidade. Como poderia não ser à dor do Luighi. Nosso desafio é estar junto daqueles que não são responsáveis por esses atos. A Conmebol aplica sanções e faz tudo o que está a seu alcance para mudar essa realidade, mas isso não é suficiente”, comentou.

Segundo Domínguez, a Conmebol convocou autoridades de governo de todo continente e associações membros com objetivo de estabelecer uma atuação conjunta para responder de forma simultânea à manifestações de discriminação e violência.
“Precisamos entender que o racismo está enraizado na sociedade, e o futebol como organização está lutando com as ferramentas que estão à seu alcance. Quero anunciar que a Conmebol decidiu convocar as autoridades de governo de todo o continente e as associações membros com objetivo de estabelecer uma atuação conjunta que permita responder de forma simultânea à qualquer manifestação de discriminação e violência”, acrescentou o presidente da entidade.